Um grande ato público pelo fim da escala de trabalho 6×1 aconteceu no final da tarde de quarta-feira (30) no calçadão da Rua Cardoso Vieira, no centro de Campina Grande, reunindo diversos sindicatos, associações e entidades representantes de trabalhadores e trabalhadoras da Paraíba. O movimento chamou a atenção de todos que passavam pelo local, principalmente pela participação efetiva do Sindicato dos Comerciários de Campina Grande e Região, que acabou sendo o maior protagonista do evento.
Além de defender o fim da escala de trabalho 6×1 o sindicato e demais entidades participantes também apóiam a isenção do pagamento de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação de grandes fortunas no Brasil, conforme disse em sua fala na oportunidade o presidente do Sindicato dos Comerciários, José Rogério Gonçalves de Moura.
Toda a diretoria do sindicato esteve participando do ato público, que reuniu ainda diversas entidades, algumas divergentes, mas que apóiam as pautas em comum já que são temas de interesse e que podem resultar em melhoria nas condições de trabalho e de vida para toda a classe trabalhadora. Além de presidente do Sindicato dos Comerciários de Campina Grande José Rogério também é representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, na Paraíba, que apóia o movimento.
AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA
Na mesma quarta-feira, após o ato público no centro de Campina Grande, foi realizada à noite na Câmara Municipal de Vereadores uma audiência solicitada pela vereadora Jô Oliveira para comemorar o 1º de maio, Dia do Trabalhador, e também para tratar do assunto do fim da escala de trabalho 6×1, taxação de grandes fortunas no Brasil e isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Mais uma vez a direção do Sindicato dos Comerciários de Campina Grande e Região e CTB estiveram presentes, participando ativamente do evento.
Convidados por Jô Oliveira, dezenas de entidades representativas de trabalhadores e trabalhadoras lotaram as dependências do plenário e galeria da Câmara Municipal, com todos tendo direito a fala, alguns até reconhecendo que nunca haviam sido chamados para participar de nenhum evento político naquela Casa, considerada do povo, mas que nem sempre deixa o povo entrar.
Com exceção da vereadora Jô Oliveira, que convocou e presidiu a sessão da audiência pública, apenas o vereador Luciano Breno esteve presente na Câmara Municipal, numa passagem rápida e com fala resumida, apenas para saudar os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras. A ausência de todos os demais 21 parlamentares foi bastante criticada pelas entidades participantes, que consideraram uma falta de compromisso com o povo e uma falta de interesse em defender os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras.
Além do Sindicato dos Comerciários de Campina Grande e Região, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB, e Feconeste – Federação dos Empregados no Comércio de Bens e de Serviços do Norte e Nordeste, representado na Paraíba pelo dirigente sindical José do Nascimento Coelho, participaram da audiência pública representantes das empregadas domésticas, dos setores público e privado da saúde, professores, funcionários públicos dos três setores (municipal, estadual e nacional), trabalhadores rurais sem terra, entre outros.
UM MINUTO DE SILÊNCIO
O início da audiência pública na Casa do Povo foi marcado por um minuto de silêncio em homenagem ao trabalhador da empresa Redepharma Arthur Alves de Sousa, que morreu vítima de acidente, caindo no poço de um elevador, no dia 24 de abril, em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas. A homenagem foi solicitada pela direção do Sindicato dos Comerciários de Campina Grande e Região, que denunciou o ocorrido ao Ministério do Trabalho e Emprego e espera respostas e esclarecimentos do fato. A morte de Arthur Alves de Sousa aconteceu justamente no período chamado Abril Verde, quando acontecem campanhas sobre segurança e saúde no trabalho.