Desde sua entrada em operação na sexta-feira (21), o novo modelo de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, batizado de Crédito do Trabalhador, registrou 29,3 milhões de simulações de empréstimos e 2,9 milhões de pedidos de propostas encaminhados às instituições financeiras. Os dados são da Dataprev e foram divulgados pelo Ministério do Trabalho no início da noite de sábado (23), de acordo com o jornal O Globo.
Segundo a pasta, 6.683 contratos já foram firmados com base nas simulações feitas. Além disso, o acesso ao aplicativo da Carteira de Trabalho Digital disparou com o lançamento da nova ferramenta. “O volume de acesso à CTPS Digital está 12 vezes acima da referência semanal, considerando os últimos 3 meses”, informou o Ministério do Trabalho em nota oficial.
A nova linha de crédito é voltada a trabalhadores com carteira assinada — sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) — e também a microempreendedores individuais (MEIs). O público potencial é estimado em 47 milhões de pessoas.
Com a novidade, o governo busca democratizar o acesso ao crédito consignado no setor privado, modalidade que permite desconto direto na folha de pagamento. Essa característica reduz os riscos de inadimplência para os bancos, possibilitando a oferta de taxas de juros mais baixas. Na prática, porém, o modelo tradicional ainda é restrito e alcança uma parcela pequena dos trabalhadores celetistas.
Para garantir melhores condições ao tomador, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, orientou que os trabalhadores esperem o prazo mínimo para receber todas as propostas das instituições habilitadas antes de fechar negócio. “O trabalhador precisa ter cautela, calma para analisar a melhor proposta”, alertou o ministro. Segundo ele, aguardar pelo menos 24 horas pode garantir taxas mais vantajosas.
O programa estabelece um teto de comprometimento e a prestação mensal do empréstimo não poderá ultrapassar 35% do salário do trabalhador.
Brasil 247