Descolando da maioria dos Estados, as vendas relacionadas ao Dia das Mães deste ano da Paraíba tiveram forte impacto no desempenho do varejo no mês de maio. A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o volume de vendas de maio cresceu 9,1% em relação ao mesmo período do ano passado, apresentando uma maior taxa de crescimento do País.
É o segundo mês consecutivo que a Paraíba registra o maior crescimento do País. No ajuste do IBGE publicado neste mês, referente ao mês de abril, o indicador do varejo da Paraíba também alcançou o maior crescimento do País com alta de 12,8%, passando por Santa Catarina com 12,5%.
MAIORES CRESCIMENTOS – Segundo dados da pesquisa, os Estados da Paraíba (9,1%), de Alagoas (6,7%), do Espírito Santo (6,5%) e do Distrito Federal (6,4%) obtiveram as maiores altas de maio no varejo, enquanto o país registrou alta de 2,1%. No acumulado de janeiro a maio, a Paraíba apresentou alta de 6,7%. Já o país acumula um crescimento bem abaixo dos cinco meses deste ano 2,2% sobre o ano passado.
COMÉRCIO AMPLIADO – No indicador do comércio varejista ampliado –, que inclui atividades de veículos, motos, peças e peças, material de construção e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo –, a Paraíba apresentou uma maior taxa de expansão do País em maio (6,1%) no mesmo mês do ano passado, enquanto a taxa do País foi de apenas 1,1%. No acumulado de janeiro a maio, a Paraíba acumula alta de 6,7% e o País 1,1%.
SEGMENTOS QUE MAIS SE DESTACARAM – De acordo com o gerente da Pesquisa Mensal de Comércio, Cristiano Santos, Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentaram resultados positivos em dois dos últimos três meses (março e maio), os quais têm relação com a depreciação do dólar que acontece desde fevereiro.
“Já o resultado positivo para Móveis e eletrodomésticos, também em maio, reflete um ano melhor para a categoria, que veio se desenvolvendo com uma certa vida negativa até o primeiro semestre do ano passado, mas que depois disso teve um bom período de crescimento a partir do segundo semestre de 2024 e primeiro semestre de 2025, apesar dos resultados negativos em março e abril”, revelou.
DEVER DE CASA BEM FEITO – Para o secretário de Estado da Fazenda, Marialvo Laureano, a manutenção de uma gestão fiscal equilibrada no Governo da Paraíba há seis anos é um dos maiores trunfos da gestão do governador João Azevêdo, principalmente quando o cenário macroeconômico nacional se apresenta mais desafiador com taxas de juros mais altas e que tende a afetar setores como o varejo. Contudo, com as contas públicas no dia do Estado, sobra poupança para nós investimentos públicos em obras estruturantes realizadas, que ajudam também a gerar emprego, renda e consumo para o varejo. Isso tudo ainda aliado a uma política de desenvolvimento que anda de mãos dadas com o setor privado que tem gerado novos investimentos, atraído novos negócios, além de emprego e renda. É por isso que a Paraíba vem se destacando nacionalmente em indicadores como varejo, emprego e potencial de consumo, mesmo em um ano difícil diante da conjuntura de taxas de juros mais altas”, frisou.
REFIS BUSCA MANTER EMPREGOS E CONSUMO – Marialvo acrescentou que como o Estado está com contas equilibradas, o governador João Azevêdo, sensível a situação dos empresários diante das altas nas taxas de juros, autorizou a realização de um Refis Ampliado no Estado com descontos de até 99% de juros e multas, que começou neste mês. Sabemos que o aumento dos juros no Brasil, além de enfraquecer as empresas, encarece o preço ao consumidor final, reduz a demanda e vendas, daí a necessidade do Refis. É uma forma de dar um apoio às empresas da Paraíba, melhorar o seu fluxo de caixa e, assim, manter os empregos e, por consequência, o consumo que é tão importante ao varejo”, justificou.
MAIS SOBRE A PESQUISA – A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural dos comércios varejistas no país, investigando a receita bruta de venda nas empresas formalmente envolvidas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio. Iniciada em 1995, a PMC traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado (automóveis e materiais de construção) para o Brasil e Unidades da Federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra.
Fonte: oxentenoticias.com.br