Eu quero levantar pontos importantes sobre as diferenças entre as leis trabalhistas do Brasil e dos EUA e como a história dos movimentos sindicais em cada país moldou essas realidades.
Pontos Relevantes:
- Brasil: O texto destaca a luta histórica do movimento sindical brasileiro contra uma estrutura social e econômica que perpetuava relações de trabalho exploratórias, herdadas do período colonial. As conquistas trabalhistas no Brasil, como férias remuneradas, 13º salário e FGTS, são fruto dessa longa batalha.
- EUA: Em contraste, o movimento sindical nos EUA enfrentou forte repressão por parte do governo e de empresas, muitas vezes com o uso de violência. Isso resultou em um movimento sindical mais enfraquecido e “dócil”, como o texto coloca, focado em ganhos imediatos e com menor poder de barganha.
- “Sindicalismo de negócios”: Mas o Brasil não ficou livre da violência e da repressão. Aqui o movimento ganhou forca com as garantias conquistadas na CLT e na Constituição Federal, tão perseguidas por governos burgueses facistas. Mas a critica a latente influência do “sindicalismo de negócios” no Brasil, que prioriza o pragmatismo e os interesses individuais em detrimento da luta por direitos coletivos. Essa postura muito forte e presente no sindicalismo brasileiro deve ser sempre combatida. Pois, enfraquece o movimento sindical e prejudica os trabalhadores.
É importante lembrar que as leis trabalhistas refletem as relações de poder e as disputas políticas em cada país. No Brasil, apesar das conquistas, os direitos trabalhistas estão constantemente sob ataque, como demonstra a reforma trabalhista de 2017, que flexibilizou diversos pontos da legislação.
Nos EUA, a ausência de direitos básicos como férias remuneradas e a precarização do trabalho são uma realidade para muitos trabalhadores, especialmente em setores como o de serviços.
A comparação entre os dois países nos leva a refletir sobre a importância da organização sindical e da luta por direitos trabalhistas. Em um contexto de globalização e de mudanças no mundo do trabalho, a defesa de direitos e a busca por melhores condições de trabalho continuam sendo desafios centrais para os trabalhadores em todo o mundo.
Observação: O texto menciona os “bandos de Pinkerton”. A Agência Nacional de Detetives Pinkerton foi uma agência de segurança privada americana que ficou conhecida por sua atuação na repressão a movimentos sindicais no final do século XIX e início do século XX. Eles eram contratados por empresas para infiltrar sindicatos, quebrar greves e intimidar trabalhadores.
Por José Evangelista Rios da Silva
Dirigente do Sindicato dos Comerciários de Salvador/Bahia, representante estadual da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB e professor da Escola de Estudo Sindical – CES.